domingo, 10 de maio de 2015

Peste negra



Continuando o tema visto pelo sétimo ano, reino Monera, as bactérias podem ser causadoras de inúmeras doenças, entre elas a Peste Negra, responsável por milhares de mortes na idade média e que até hoje existe e atinge muitas pessoas.
Até os dias atuais, as máscaras são utilizadas nos carnavais, festas à fantasia e outras ocasiões. Se você já viu em algum lugar a máscara da imagem abaixo, talvez não tenha conhecimento da história sombria que há atrás dela
 .
Na idade média a máscara era essencial para os médicos que tratavam os surtos de peste negra. A crença da época era a de que  a peste era transmitida pelo ar. Dessa maneira os médicos que tratavam as pessoas doentes usavam a máscara para se proteger. Como a transmissão da doença ocorre principalmente pela picada de pulgas contaminadas, a medida era pouco efetiva. Porém, um acesso de tosse ou um espirro, que dispersam bactérias através de gotas minúsculas, podem transmitir a doença de uma pessoa para a outra.
A peste negra é uma doença causada pela bactéria Yersinia pestis, que infecta principalmente roedores selvagens, como as ratazanas, os ratos e os esquilos. Essas bactérias vivem no intestino de pulgas que parasitam esses roedores. No passado, as extensas epidemias de peste, como a peste negra da Idade Média, mataram cerca de um terço da população europeia. 

A peste costuma ser transmitida às pessoas por meio das pulgas dos animais.  Alguns animais domésticos, em especial os gatos, também podem fazê-lo por intermédio das picadas de pulga ou pela inalação de gotículas infectadas. 
Embora haja desacordo, as estimativas são de 75 a 200 milhões de mortes no passado. Estudiosos mais conservadores estimam que a população mundial de 450 milhões teria caído para 350 a 370 milhões.
O mais impressionante são os relatos de sofrimento das pessoas. O poeta Boccaccio, que viveu em Florença nessa época, fez a seguinte descrição:
“Em homens e mulheres, ela se manifesta pela emergência de certos tumores nas virilhas e axilas, alguns dos quais chegam ao tamanho de uma maçã; outros, ao de um ovo… Dessas duas regiões do corpo esses tumores mortais logo começam a propagar-se e a espalhar-se em todas as direções; depois disso, a apresentação se modifica, em muitos casos manchas negras ou lívidas aparecem nos braços, nas coxas e outras partes, de início poucas e grandes, mais tarde pequenas e numerosas. Assim como os tumores, as manchas negras são sinais infalíveis de que a morte se aproxima daqueles nos quais se manifestam”.
A peste foi denominada "negra" por conta das afecções na pele das pessoas doentes, pois haviam grandes manchas negras, seguidas de inchaços em regiões como virilha e axilas. Esses inchaços também eram conhecidos como "bubões", por isso a doença também ficou conhecida como Peste Bubônica. A morte pela peste era dolorosa, rápida e terrível.

Curiosamente, mesmo antes dos antibióticos, os casos mais recentes da doença não provocavam mortalidade elevada. Estudos publicados na revista Nature mostraram que a bactéria Yersinia pestis daquela época está extinta, de fato. O genoma desse ancestral, no entanto, é bastante similar ao da bactéria de hoje.
Abaixo podemos ver um vídeo curtinho com um resumo de todas essas informações, acompanhado de algumas ilustrações:


5 comentários:

  1. Atualmente tem cura sim! Esse link tem algumas informações interessantes de como o DNA da bactéria foi descoberto e sequenciado: http://revistaepoca.globo.com/Saude-e-bem-estar/noticia/2011/10/cientistas-sequenciaram-o-gene-da-peste-bubonica.html

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  2. Quem pintou esse quadro dos médicos

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  3. Quem pintou esse quadro dos médicos

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